A Procuradoria da Justiça Desportiva Antidopagem ofereceu na quinta-feira, dia 21 de dezembro, uma denúncia contra Gabigol por tentativa de fraudar exame antidoping. O caso ocorreu no dia 8 de abril, no Ninho do Urubu, CT do Flamengo, na véspera do segundo jogo da final do Campeonato Carioca, no qual o Fluminense venceu o Flamengo por 4 a 1 e garantiu o título.
O atacante foi denunciado no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que se refere a "fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle". O código prevê suspensão de até quatro anos em caso de condenação.
A denúncia contra o atacante oferecida na quinta-feira é assinada por João Guilherme Guimarães Gonçalves, procurador da Justiça Desportiva Antidopagem. No texto, ele relata possíveis infrações cometidas pelo jogador.
O atacante é acusado de dificultar a realização do exame desde a chegada dos oficiais responsáveis pela coleta ao CT, às 8h40. Os outros jogadores do elenco fizeram o exame antes do treino das 10h.
O exame antidoping surpresa é realizado pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e tem de ser feito sem aviso prévio.
Gabigol é reincidente, uma vez que recebeu a primeira notificação sobre a tentativa de fraude no dia 30 de maio. O vice geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, fez a primeira defesa do jogador.
De acordo com os responsáveis pela coleta, o jogador não se dirigiu a eles antes do treino, depois da atividade os ignorou e foi almoçar, tratou a equipe com desrespeito, não seguiu os procedimentos indicados, depois de 90 minutos pegou o vaso coletor sem avisar a ninguém, irritou-se ao ver que o oficial o acompanhou até o banheiro para a coleta e ao fim entregou o vaso aberto, contrariando orientação recebida.
A análise específica do passaporte biológico determina que deve haver repouso de duas horas depois de atividade física, tempo que não foi cumprido por Gabigol.
Ainda segundo o texto, a própria tentativa de esconder a sua genitália no momento da coleta de urina configura uma tentativa de fraudar uma fase do exame. Isso porque o atleta pode introduzir outra urina no frasco, como já ocorreu em casos no passado. O oficial precisa ver o momento da coleta.
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