Caso de troca de bebês ocorreu na Paraíba, e foi descoberto por acaso. Uma das vítimas fez um teste de ancestralidade on-line
Três mulheres nascidas no mesmo dia em uma maternidade em Cajazeiras, no sertão da Paraíba, descobriram que houve troca de bebês na maternidade, quase 30 anos depois. O caso foi desvendado por acaso, após uma delas resolver fazer um teste de ancestralidade em um site que combina materiais genéticos.Três mães deram à luz em 5 de agosto de 1994: Luíza, Marlucy e Maria de Fátima. Luíza saiu da maternidade com a Mylena. Marlucy, com Raylane, e Maria de Fátima chegou em casa com Marcelma nos braços. Nas últimas semanas, elas descobriram que as três saíram do hospital com as filhas trocadas. A história foi revelada no domingo (23/4), em reportagem do Fantástico.
Luíza deveria ter saído com a Raylane. Marlucy, com a Marcelma, e Maria de Fátima, com Mylena. As duas primeiras trocas já foram confirmadas em um teste de DNA, exceto a última. Mylena e Maria de Fátima confirmaram que desejam fazer o teste, mas ainda não o realizaram.
“Foi uma supresa muito grande. Meu objetivo era fazer um teste de ancestralidade, e descobri que fui trocada na maternidade”, contou a jovem. Eles descobriram que Raylane nasceu no mesmo dia em que a irmã caçula da família e as suspeitas foram confirmadas por um teste de DNA.
A mãe deles, Luíza, diz sentir como se tivesse ganhado uma nova filha. “A minha filha, Mylena, é minha filha. E agora, a Raylane também”, afirmou. Marlucy, filha de Maria de Fátima, conta que sempre teve essa suspeita, o que causou um afastamento da mãe. A procura pela família biológica teve fim na última semana.
Último teste de DNA
O mistério, no entanto, não foi completamente elucidado. Apesar de confirmarem que pretendem fazer o teste, última dupla, Mylena e Maria de Fátima, ainda não realizaram o exame de DNA. O resultado do novo exame de DNA ainda não tem data para acontecer. Mas, se for negativo, vai levantar a suspeita de que pelo menos mais uma bebê foi trocada na maternidade.
Os advogados das famílias solicitaram prontuários médicos e identificação da equipe. A maternidade de Cajazeiras informou que não tem mais os prontuários e nem as informações sobre a equipe de trabalho atuando na data porque, de acordo com a lei, tais documentos só precisam ser armazenados por 20 anos.
A instituição de saúde, no entanto, afirmou que presta apoio às famílias e vai continuar contribuindo para que o caso seja completamente solucionado.
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